02/04/2014
Vereador visita Hospitais que ameaçam parar o atendimento pelo SUS
Evite utilizar CTRL+V - Utilize agora o ícone com a letra T em miniatura e o texto será co lado
     O vereador Olimpio Oliveira visitou, na tarde desta terça-feira, os hospitais João XXIII, Antônio Targino e a Fundação Assistencial da Paraíba, os quais estão mobilizados e deram prazo até o fim do mês para que a Secretaria Municipal de Saúde pague uma dívida no valor de 4 milhões de reais, valor correspondente aos atendimentos excedentes, principalmente, aos pacientes que utilizam o Setor de Hemodiálise.

     Segundo Olimpio, os representantes dos hospitais são conscientes de que o Ministério da Saúde não repassa os recursos para cobrir esse atendimento excedente ao teto, mas não se conformam com o prejuízo a que estão obrigados a suportar: “Enfrentamos um dilema, temos que atender esses pacientes renais crônicos, mas não podemos continuar assim, sem receber esse excedente, pois iremos enfrentar problemas para manter a estrutura funcionando com a quantidade de funcionários necessários ao bom andamento dos serviços”, protestou o médico José Targino, presidente do sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Paraíba.
     Por outro lado, Olimpio destacou que a Secretaria de Saúde ao invés de tentar dialogar e buscar uma saída para o impasse, resolveu criar um novo procedimento para novos pacientes em Terapia Renal Substitutiva (Hemodiálise). A medida foi comunicada aos hospitais através do ofício nº 005/2014/PMCG/SMS/DPR. Pelo novo procedimento, a partir do dia primeiro de abril, todos os pacientes iniciantes “deverão ser encaminhados primeiramente à Gerência de Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde antes de dar início ao tratamento”.
 
     O vereador Olimpio demonstrou a sua preocupação com a adoção do novo procedimento: “Essa medida adotada pela Secretaria de Saúde não contribui para a solução do conflito e cheira a retaliação. Além disso, cria um transtorno a mais para pacientes que já enfrentam inúmeras limitações, como por exemplo, exigir que o paciente se apresente na Secretaria de saúde para ingressar no tratamento, pergunto: Como ele poderá fazer isso se estiver na UTI? Nos casos de emergência verificadas nos finais de semana e feriados como deve proceder o paciente? Creio que não é esse o caminho. Temos uma crise que precisa ser debelada com o pagamento imediato da dívida, enquanto a prefeito Romero Rodrigues viabiliza com a bancada federal o aumento do teto do SUS para Campina”, ponderou Olimpio.
     Olimpio anunciou que deverá procurar o Ministério Público para buscar a mediação desse conflito.