08/12/2010
Câmara entregou título de cidadania ao poeta Manoel Monteiro
     A Câmara Municipal de Campina Grande realizou sessão solene, nesta terça-feira, dia 7, para homenagear o poeta cordelista Manoel Monteiro com título de cidadania campinense. A homenagem atende propositura do vereador Olimpio Oliveira, através do Projeto de Lei nº 26/2010, aprovado por unanimidade dos parlamentares campinenses.
     Participaram da sessão o representante prefeito de Campina Grande, secretário Cassiano Pascoal; a representante da UEPB, professora Fátima Araújo; a representante da SEMAS, Gilma Souto Maior; filha do homenageado, Kátia Monteiro; o representante dos Cartunistas, Fred Ozanam; o representante do Corpo de Bombeiros, tenente Michel Brito; o representante da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, o poeta João Dantas; o secretário de administração municipal, Constantino Soares e o ex-vereador Mário de Souza Araújo além dos vereadores, amigos, familiares do homenageado.
     Em sua justificativa o vereador Olimpio Oliveira destacou na Tribuna da Casa de Félix Araújo, que o homenageado atualmente é considerado pela Academia Brasileira de Literatura, como o mais importante cordelista brasileiro em atividade. Acrescentou que Manoel Monteiro, como assina suas obras, nasceu em 1937, no Município de Bezerros, em Pernambuco. Na década de 50, fixou residência em Campina Grande, de onde não mais saiu. 
     “Uma mente criativa, um apaixonado pela cultura de nossa gente, um poeta que semeia versos como quem planta esperança, fazendo mais do que ensinar a ler, fazendo gostar de ler. Escreveu e escreve sobre tudo e todos – quem manda é a inspiração ou o freguês - Solta o verso e prende a atenção por onde passa. Passa e fica presente na mente que sua rima cativa. Rima que tem cheiro de gente, jeito de povo e gosto de comida feita em panela de barro” ressaltou o vereador Olimpio Oliveira. 
     Já o poeta Manoel Monteiro, ao receber o título, disse que se sentia honrado não só pela homenagem, pela evidencia que seus trabalhos tem repercutido dentro das escolas, centros acadêmicos e da sociedade como um todo. Na oportunidade recitou vários poemas de sua autoria e lembrou que ainda adolescente, recém chegado das bandas de Pernambuco começou a vender jornal na feira de Campina Grande. “sim, jornal do povo, era isso exatamente que o folheto ou cordel representava naquela época”, acrescentou. Atualmente o poeta tem centenas de trabalhos publicados e divulgados não só no nordeste mas muitos, repercutindo nacionalmente.