O vereador do PMDB, Olimpio Oliveira participou do lançamento do Fórum de Segurança Pública de Campina Grande. Na oportunidade, Olimpio falou sobre a importância do enfoque na Segurança Humana, que é mais amplo que simplesmente ações policialescas.

     O vereador do PMDB, Olimpio Oliveira participou do lançamento do Fórum de Segurança Pública de Campina Grande. Na oportunidade, Olimpio falou sobre a importância do enfoque na Segurança Humana, que é mais amplo que simplesmente ações policialescas. 

     De acordo com o Mapa da Violência 2010 publicado pelo Instituto Sangari, o número de crianças, adolescentes e jovens menores de 19 anos assassinados em Campina Grande é maior do que em outros países, a exemplo da Costa Rica, Japão, Espanha e Itália. Somente nos últimos 18 meses, foram registrados 247 homicídios em Campina Grande, sendo que 51,6% das vítimas eram adolescentes (com idades entre 13 e 17 anos) e jovens (na faixa etária que vai dos 23 aos 25 anos).

     Várias autoridades, entidades da sociedade civil organizada e setores empresariais compareceram ao evento e participaram da primeira reunião do fórum que foi realizada no auditório da Associação Comercial de Campina Grande.

 Diagnóstico: faltam viaturas e efetivo

      Na ocasião, o comandante do 2° Batalhão da Polícia Militar, o coronel Marcos Marcone; o superintendente da Polícia Civil, Ariosvaldo Adelino, e o delegado-chefe da Polícia Federal, Francisco Leônidas, fizeram um diagnóstico da realidade das polícias que comandam, falaram sobre as ações em andamento e das deficiências estruturais existentes nas corporações. Dentre os principais problemas enfrentados estão o déficit no efetivo e a insuficiência de viaturas para fazer o policiamento as diligências e o policiamento ostensivo nos 50 bairros do município.

     De acordo com o promotor de Justiça da Infância e Juventude da Comarca de Campina Grande, Herbert Targino, um dos objetivos do fórum é monitorar a execução das políticas de segurança pública em Campina Grande. “Não haverá êxito sustentável das políticas de segurança, sem a a avaliação regular e monitoramento corretivo com a participação da comunidade. Precisamos entender que a política de segurança pública deve ser parte integrante de políticas públicas de segurança humana em geral. Trata-se da garantia dos direitos que asseguram a vida. A ONU (Organização das Nações Unidas) chama isso de segurança humana, de modo que a vida de cada pessoa seja protegida e tenha suas demandas básicas atendidas”, defendeu.

 Política intersetorial

     O promotor de Justiça falou sobre a importância da polícia comunitária e sobre e necessidade de atuação conjunta entre as polícias civil e militar para o enfrentamento da violência. Segundo ele, o Ministério Público vai cobrar das autoridades policiais o diagnóstico das microdinâmicas sociais relacionadas à reprodução de práticas violentas e criminosas em cada bairro e zona da cidade. “São essas dinâmicas que constituem o alvo a ser interceptado. Também se faz necessário uma política interinstitucional e intersetorial associada à política policial. Por isso, a importância da implantação de políticas sociais preventivas envolvendo as áreas da educação, assistência social e saúde”, defendeu.