31/07/2010
Moradores de rua: Inclusão social é aprovada pela câmara

Mesmo realizando apenas uma Sessão por semana durante o período eleitoral, a Câmara Municipal de Campina, reconheceu a iniciativa do vereador Olimpio Oliveira (PMDB), e aprovou por unanimidade requerimento endereçado a Secretária Municipal da Ação Social, Crizélia Dutra, solicitando a criação de um Programa de Inclusão Social para a População em situação de rua. Leia mais... 

     Mesmo realizando apenas uma Sessão por semana durante o período eleitoral, a Câmara Municipal de Campina, reconheceu a iniciativa do vereador Olimpio Oliveira (PMDB), e aprovou por unanimidade requerimento endereçado a Secretária Municipal da Ação Social, Crizélia Dutra, solicitando a criação de um Programa de Inclusão Social para a População em situação de rua.
     Na tribuna, o vereador Olimpio Oliveira destacou aos seus pares, que cada vez mais faz parte da imagem urbana de Campina Grande, grupos de pessoas que moram nas ruas. São facilmente encontradas debaixo de marquises, nas praças, nos prédios abandonados e em outros locais insalubres. São pessoas que estão nessa condição por diversos motivos: desemprego, problemas familiares, abuso de drogas, doenças mentais. Enfim, um verdadeiro problema social.
     De acordo com o parlamentar peemedebista, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) divulgou, em abril de 2008, a primeira Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua revelando dados importantes para subsidiar as políticas públicas para a inclusão social desse segmento. O levantamento mostra que 72% afirmam que exercem alguma atividade remunerada. 
     Segundo Olimpio, a mesma pesquisa ainda ressalta que a maior parcela (28%) é catadora de materiais recicláveis. A atuação como “flanelinha”, carregador, na construção civil e no setor de limpeza são outros tipos de trabalho mais freqüentes citados por este público. Os dados revelam que a população de rua não é composta por “mendigos” e “pedintes”. De acordo com a pesquisa, apenas 16% dessas pessoas pedem dinheiro para sobreviver. Além disso, 59% afirmaram ter profissão, principalmente relacionada à construção civil, ao comércio, ao trabalhado doméstico e ao serviço de mecânica.
     Dos entrevistados, 48% disseram que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada. Quanto aos vínculos familiares, a pesquisa também traz uma surpreendente informação: 52% dos entrevistados declararam que têm algum parente na cidade, onde vivem. Deles, 34% mantêm contatos freqüentes com a sua família e 39% classificam como boa essa relação. Foi detectado também que 46% sempre viveram no município em que moram atualmente; 
    “Nossa proposta sugere que a referida Secretaria, a exemplo do governo federal, realize um diagnóstico da realidade dessa população em Campina Grande. Em seguida, elaborar um Programa que vise, inicialmente, incluir essas pessoas nos Programas do Governo Federal, já existentes; além de buscar o restabelecimento dos laços familiares desse público; providenciar documentos pessoais; encaminhar os dependentes químicos para o tratamento, etc” destacou Olimpio Oliveira.