Projeto prevê receita médica digitada ou datilografada
Tramita na Câmara Municipal de Campina Grande, Projeto de Lei de autoria do vereador Olimpio Oliveira (PMDB) que tem como objetivo obrigar que a expedição de receitas médicas sejam digitadas em computador, datilografadas ou escritas manualmente, de maneira legível, em letra de forma.
Em sua justificativa o vereador Olimpio Oliveira destaca que é necessário reunir os diversos seguimentos da sociedade para encontrar uma solução para este problema, pois é comum encontrarmos pacientes e até mesmo balconistas de farmácia reclamando que a maioria dos médicos possuem uma caligrafia bastante difícil de ser compreendida.
Segundo o peemedebista, mesmo sendo a parte mais interessada no assunto (pois é sua saúde que está em risco), o paciente quase sempre depende da boa vontade desses profissionais de farmácia, que, mais do que quaisquer outros precisam conhecer muito bem o que vendem.
Como exemplo, o autor do Projeto destaca que a troca ou entendimento errado de qualquer medicamento pode ser fatal ao paciente, pois os medicamentos Lanoxin e Loxoni são exemplos de produtos que exigem uma receita legível, pois podem gerar sérios problemas para o paciente que comprar tais remédios trocados. O primeiro é indicado para doenças do coração. Já o segundo atua no tratamento contra a artrite e a artrose, além de funcionar como antiiflamatório.
O vereador destaca que a troca pode desencadear um tipo de problema que não tem nada a ver com o estado da pessoa. Outra confusão freqüente é com o medicamento Somalgin e Somalgin Cardio. Os dois são para problemas cardiovasculares, mas às vezes o médico esquece de colocar o cardio, o que implica no fornecimento do medicamento errado ao paciente.
Enfim, esta nossa propositura tem como objetivo facilitar a leitura dos receituários prescritos pelos médicos, tendo em vista a dificuldade do público em geral de entender o nome do medicamento prescrito, bem como as instruções de uso, o que de certa forma evitará os riscos de equívocos praticados por farmacêuticos, enfermeiros, entre outros profissionais de saúde que, pelo fato de não compreenderem a caligrafia de um determinado médico, correm o risco de fornecer um medicamento diverso do prescrito.